terça-feira, 13 de novembro de 2007

Será que vai chover?

Dia desses - ou melhor, mês passado - esperando que eu saísse da aula, meu namorado resolveu dar uma passada na biblioteca, para conferir as novidades. Sim! ainda há fabicanos que vão à biblioteca para saber de novidades!
Mexendo nas prateleiras de literatura, encontrou um livro que depois veio me dizer que era superbacana. É o Traçando New York, uma baita parceria entre o Luis Fernando Verissimo e o Joaquim da Fonseca, nas ilustrações. Teve até um dia em que ele me levou à biblioteca, pra mostrar o livro que leu por lá mesmo, sem retirar nem levar pra casa.
Na semana passada, naquela minha visita à feira ainda antes da sua inauguração oficial, encontramos em um balaio não apenas o já famoso livro, mas também outros três com o mesmo tema, formando uma interessante coleção. Voltei pra casa pensando em comprar de presente o meu excelentíssimo, já que não tinha lido mais do que duas ilustrações do Fonseca, enquanto ele quase sabida decor o livro.
Dois dias depois, meus planos foram atropelados pela mãe dele, que mesmo sem saber da novela New York, viu os livros na feira, achou interessante e comprou a coleção inteira logo de uma vez.
Agora, além de New York, vou poder traçar Roma, Paris e Madrid. Totalmente de graça.
Mas, por enquanto, estou em Nova York. Mais precisamente, na redondezas do Central Park. Esse primeiro volume, que depois descobri, originou a série, descreve a cidade e as pessoas a partir de situações cotidianas, no melhor estilo Verissimo.
Como os autores moraram durante um período na cidade, conseguem fazer uma desconstrução descontraída do modo novaiorquino de viver, sem aquele vício todo do olhar-de-turista. Merece destaque a crônica Os Tempos, em que uma das mais importantes paranóias norte-americanas é revelada. Pasmem: pela previsão do tempo.
Parando pra pensar, até que tem lógica. Não deve ser à toa que lá os weathermen transformam-se em verdadeiras celebridades, e que nos seriados, sempre há alguma referência à previsão do tempo.
Para Verissimo, o imprevisto chega a ser uma fobia nacional:
Só o que diferencia esse cenário de uma operação de guerra real é que aqui, em vez de um vocabulário de crise, ouve-se aquela agradável informalidade com que os americanos tratam tudo, até os furacões.

Um comentário:

Unknown disse...

isso aí.
super recomendado o livro.