segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Praça do Livro, digo, da Alfândega




A Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre, parece que foi projetada para abrigar a Feira do Livro. As estradinhas, com a largura certa para abrigar bancas e visitantes; e as árvores, com sua sombra mais que bem-vinda nos quentes dias da estação em que a feira é realizada. Tudo para bem abrigar o evento que é a cara da cidade. Ok, o pessoal da produção merece uma ótima parcela dos louros, pois planejar um evento deste tamanho não deve ser das tarefas mais fáceis.


Passei por ali no dia da abertura, no finzinho da manhã. Ainda não estava oficialmente iniciada a jornada de compras literárias, mas a atração por um passeio por entre as bancas foi mais forte do que o aperto do relógio, que me mandava correr para o trabalho.


Os livros ainda estavam organizados, cada livreiro com seu próprio sistema de ordenamento: autor, título, editora, cor, tamanho, ano de publicação... até mesmo os livros sem lógica alguma obedeciam a uma lei do caos organizado. Ainda não era a feira. O movimento era intenso por causa do horário, mas nem todos paravam para olhar - até porque nem tudo estava pronto. Era possível aproximar-se de qualquer banca, os vendedores estavam aparentemente calmos.


Mas agora, a Feira já começou. Para mim, Feira do Livro mesmo é aquela visita na tarde de um sábado ensolarado; quando todo o resto da cidade decidiu-se por fazer o mesmo. O corre-corre das crianças - e das mães atrás delas - dá um toque especial ao passeio. A pesquisa de preços, a
"choradinha" por um desconto e o aroma de pipoca doce também são indispensáveis. Aliás, o aroma da pipoca-doce está lá o ano inteiro, mas não é a mesma coisa sem os livros. A Praça da Alfândega também não.

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